Na sociedade ocidental , o Natal é a quadra festiva onde se apela a que sobressaiam os valores humanistas e solidários em contraponto com a futilidade e materialismo que se constata na rotina do cidadão comum, mas , paradoxalmente, é agora neste Natal que mais se vai sentir a falta do dinheiro disponível para atingir um estado de "conforto e felicidade espiritual".
Actualmente, os 'meandros' e as "jogadas de bastidores" dos lobbies político-económicos e do 'peixe-graúdo' estão 'a dar cartas' e (mais uma vez) o 'zé- ninguém' presta-se ao degradante desempenho de marioneta e escravo de uma classe de dirigentes .
Antagonicamente ao 'espírito natalício', esta quadra festiva é na prática uma 'época de compras'(de maior ou menor 'envergadura', consoante a bitola orçamental de cada um) ,Nos dias de hoje o consumo tem uma função terapêutica, funciona com o forma de esquecer os males da individualização. É uma pequena droga (equivalente à missa de antigamente) que começa a escassear, colocando em 'ressaca forçada' quer os consumidores compulsivos quer a outros com menor índíce de viciação.
Cada vez mais, as festividades e efemérides da cultura cristã são apenas "adereços" de um modo de vida sendo o Natal emblemático do absurdo e contraditório . É premente e essencial que, paralelamente a esta desvalorização do clássico legado cultural cristão, surga e se edifique uma nova Era de pragmatismo e simplicidade humanista tendo o homem-comum como origem, epicentro e destino de uma nova quadra festiva celebrativa dessa viragem civilizacional.
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